Um policial militar do Distrito Federal surpreendeu internautas ao fazer uma postagem preconceituosa em uma rede social. Ao comentar um protesto de modelos plus size contra a “gordofobia”, em frente ao Congresso Nacional, na última terça-feira (11), o militar usou palavras ofensivas para se referir às mulheres.
Em um longo post, seguido de uma montagem pejorativa, que modifica uma fotografia divulgada por participantes do protesto, o policial, identificado como Roberto Sousa, diz que assistia a um telejornal quando viu a notícia de um protesto de modelos que sofreram discriminação em um hotel de Brasília. Ele ridiculariza ação e utiliza expressões como “criaturas bizarras”, “recalcadas”, “mal amadas” e “leitoas”.
— Aí eu estou no sossego do meu lar assistindo telejornal e me deparo com uma reportagem que diz que 4 leitoas (e olha que ainda não é natal) foram para a frente do Congresso tirar a roupa e protestar contra o que elas chamam de “gordofobia” pois afirmaram que vieram à Brasília participar de um ensaio fotográfico e o atendente do hotel disse que elas não caberiam em uma cama de casal. Detalhe: as focas dizem que são modelo, (só se forem modelos fantasia sexual bizarra).
No mesmo trecho, o policial afirma que as mulheres formam um “quarteto bacon”.
— Se fosse eu teria mandado elas morrerem de raiva para cremá-las, jogar as cinzas no Lago Paranoá e criar a primeira ilha de Brasília! Mas cá entre nós ... Raivinha de gorda é motivo para o quarteto bacon protestar no centro do meu país tirando a roupa?
Ao iniciar o texto discriminatório, Roberto Sousa afirma na rede social que “mulher gorda é a pior obra da engenharia”.
— A pior obra da engenharia que Deus lançou sobre a terra foi a mulher gorda e só quem tem uma criatura bizarra dessas por perto sabe o quanto essas porcarias são frustradas, invejosas, recalcadas, mal amadas, encalhadas, vitimistas e se eu fosse elencar mais “qualidades” desses sacos de toucinho, eu ficaria aqui digitando até o fim do ano. Pra mim gorda serve apenas como ponto de referência e ponto final!
O homem ainda fez uma montagem em uma foto das mulheres em frente ao Congresso Nacional e utiliza uma palavra de baixo calão para falar sobre o protesto.
A advogada Vanuza Lopes Ferreira teve acesso à postagem na sexta-feira (14) depois que colegas a enviaram a mensagem. Ela promete entrar com pedido de apuração do caso na Corregedoria-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal nesta semana.
— Isto é inaceitável. O que este rapaz escreveu, as comparações que ele fez afetou todas as mulheres. Ele é um policial militar, um agente público, preparado para dar o exemplo e ele mostra que não tem condições de lidar com pessoas, ele não pode lidar com gente.
— Vários policiais viram a mensagem e a gente sabe que não pode ter esse tipo de conduta. Muitos militares ficaram indignados e a corregedoria sabe deste caso. Todo mundo falou sobre isso na corporação. A Polícia Militar informou que não pode tomar providências se não houver uma denúncia formal protocolada na Corregedoria-Geral. O primeiro passo para uma possível punição é a apresentação de uma peça de representação e só depois a PM irá se pronunciar sobre o caso.
Fonte: http://noticias.r7.com/
Fonte: http://noticias.r7.com/